segunda-feira, 19 de setembro de 2016

O “grande legado das olimpíadas” – O metrô da linha 4

 

clip_image002

Como já deve ser de conhecimento geral, o Estado do Rio de Janeiro gastou o que tinha e o que não tinha para a quase conclusão das obras do metrô da linha 4.

Abaixo temos os dados do contrato principal cujo valor totaliza quase nove bilhões.

image

 

Como já é de praxe nas obras públicas em nosso país, esse valor é muito maior do que foi estimado inicialmente, que foi de cerca de cinco bilhões conforme a noticia abaixo.

Estimativa inicial

E claro que boa parte também foi financiada pelo BNDES conforme a noticia abaixo.

clip_image008

Financiamento BNDES

E não podemos nos esquecer de que para receber os 1bi a mais que foram necessários pelo governo federal para a pré-conclusão para as olimpíadas não foi nada fácil.

Notícia Empréstimo Extra

Mas o principal ponto que queremos destacar é o fato de que este não foi o único contrato relacionado às obras do metrô. Encontramos outros dois que possuem dados no mínimo interessantes:

Primeiro, o contrato 33119 que está sendo prestado por um consórcio não identificado no portal de transparência, constando somente sua numeração.

Abaixo temos os dados do contrato e seu valor.

image

 

Mas descobrimos o CNPJ do contrato, e qual a surpresa ao verificamos entre os participantes a Concremat, responsável pelo fatídico episódio da ciclovia Tim Maia, além de ser figurinha certa em varias obras no Estado.

image

O próximo contrato é o 1882, que pasmem, foi celebrado em 2004 e seu objeto é somente a execução das obras do metrô de Copacabana. E mais surpreendente ainda é o valor dos seus aditivos em relação ao valor original do contrato.

image

 

Mas houve pagamento por este contrato de obras da expansão do metro da General Osório.

image

Talvez uma explicação por um contrato tão antigo ainda estar em vigor e havendo pagamento é o fato da empresa ser do grupo Odebrecht...

image

E apesar de todo o recurso do BNDES, o valor não foi suficiente para a conclusão das obras para as olimpíadas. Houve um desembolso no valor de 150 milhões proveniente dos royalties de petróleo e orçamento transferido do FECAM (Fundo Estadual de Conservação Ambiental).

image

image

Enfim, demonstramos abaixo os valores pagos por ano pelos dois contratos de maior valor.

clip_image028

Por fim, como informamos as obras estão quase prontas, pois além da conclusão da estação da Gávea que ficou para 2018, as novas estações não funcionarão nos fins de semana para a conclusão das obras. Isso porque ainda falta o dinheiro para a conclusão, estimado em quase 500 milhões conforme a noticia abaixo. Não se espantem se ao final das obras o valor for bem maior do que o estimado e não se esqueçam de quem vai pagar a conta no final.

Conclusão das obras

clip_image030

sábado, 3 de setembro de 2016

Benefícios Fiscais de Agosto – Mais de três milhões somente para a Coca-Cola no Boulevard Olímpico! Quase seis milhões para o basquete do Flamengo!!

 

clip_image002

Estes são apenas exemplos do foi concedido somente no mês de Agosto, o resumo e a listagem estão logo abaixo. E assim continua a farra.

image

01/08

clip_image006

clip_image008

clip_image010

02/08

clip_image012

clip_image014

clip_image016

03/08

image

image

08/08

clip_image022

clip_image024

10/08

clip_image028

clip_image030

clip_image032

clip_image034

clip_image036

15/08

image

image[19]

24/08

clip_image042

26/08

clip_image002[5]

clip_image004[6]

clip_image006[5]

clip_image008[6]

29/08

clip_image010[5]

31/08

clip_image012[5]

clip_image014[6]

clip_image016[5]

sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Mais um pouco da criação do Fundo Estadual de Equilíbrio Fiscal - O polêmico veto do Art. 13






O veto do Artigo 13 veio a tona por meio do facebook do Deputado Estadual Eliomar Coelho cujo texto obrigaria a divulgação dos 100 maiores benefícios ou incentivos por empresa, além dos valores arrecadados do FEEF e sua aplicação. A razão do veto, exibida abaixo citando o sigilo fiscal constante do CTN parece mais uma desculpa esfarrapada para não trazer a tona o que já foi deixado de arrecadar com as isenções, fora o fato da total falta de transparência de quanto será arrecadado e a destinação desta arrecadação do fundo.

Não seria nada estranho esse veto ter um dedo do agora assessor especial do governador e ex Secretário de Fazenda Julio Bueno, (que anda bem sumido, por sinal). Só para refrescar a memória do leitor, ele também foi Secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado, cargo este diretamente ligado à concessão dos benefícios fiscais, justamente por ele. Agora é só ligar os pontos...

Este blog não medirá esforços para trazer as informações financeiras deste Fundo, seja sua arrecadação ou a destinação dos recursos.